
A cada dia que passa eu me convenço mais de como é difícil ser diferente. Por não gostar de axé,pagode,etc. a maioria tende a dizer que é frescura ou chatisse.Cada época possui uma tendência musical característica, vivemos em um período de grande diversidade e mesmo assim a sociedade tende a discriminar estilos não muito conhecidos.Ser underground ou "chata" e por isso não frequentar show de axé é sofrer preconceito e rotulação atualmente ,e se chegou ao ponto de hoje você não poder gostar de coisas alternativas recebendo dessa forma discriminação pelos seus gostos, eu me pergunto aonde vamos chegar.
A primeira coisa que eu lembro quando estudo o direito do cidadão é que todos possuem a liberdade como fator primordial para a vida.Pensando juridicamente o homem é livre para fazer o que desejar,contanto que não afete o direito do próximo ou infrinja as leis do Estado. Já diria Jean Paul Sartre que estamos condenados à liberdade,então,é o próprio ser humano que a limita.E ele faz isso com base no seu senso crítico,o que não está de acordo com seus princípios se torna errado.
O homem por si só limita seu caminho e o mundo a sua volta,dessa forma tira de mim a liberdade e transforma o meu mundo cópia do dele.Na minha opinião isso se chama massificação,a fim de conseguir que interesses pessoais se tornem interesses universais.Se o mundo fosse do jeito que eu acho correto,a vida perderia o significado,já que tudo seria perfeito e assim não evoluiríamos como espíritos.A sociedade precisa aceitar as diferenças e não ser egocêntrica.Qual seria a graça do mundo sem as diferenças?
Nunca gostei de coisas convencionais,talvez por ter sido criada ouvindo Charles Aznavour e Willie Nelson,mas o fato é que eu acho um absurdo me rotularem como chata porque eu não gosto de shopping,carne,televisão e show de axé.Eu possuo características particulares e isso faz de mim única,assim como a maioria das pessoas.Aí entra a pergunta,onde está a liberdade que a sociedade exige se ela mesma limita a de vários cidadãos?
Começo a relevar o que Jung disse:
"Todos nós nascemos originais e morremos cópias"