sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Momento


Nesta tarde silenciosa reflito sobre as pequenas coisas. Sobre a suave brisa que balança as cortinas da janela, sobre o sol que se põe e os meus sonhos que dariam histórias de livros. Penso na paz que este singelo momento me dá, e a única palavra que pronuncio é obrigada. Agradeço por simples momentos e o silêncio permanece. As horas passam, a tempo que não me preocupo com elas. Só que a cada segundo a mais de silêncio a vida passa por trás da janela desta casa, levando o tempo e as minhas histórias não contadas. Estou navegando em um barco solitário, guiada pelas estrelas, manuais de instrução e o vento. De que vale uma vida solitária, uma vida de reclusão? A vida pode ser melhor vivida se compartilharmos os simples momentos e navegarmos juntos rumo a um destino. Deus nos concede momentos para tudo, desfrute do silêncio, trabalhe seu interior, mas não se esqueça da União.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Olhar

Minha face esconde os segredos do mundo
Obscuros e sublimes
Eles estão guardados a sete chaves
Esquecidos e inacabados

A eternidade transparece em um olhar
Profundo e puro
É a essência e o inconsciente
Que aparecem despercebidos

Um sorriso enigmático
Transfigura-se como um adorno
Mudo e apático
Dele não saem poemas, apenas palavras

Bem no íntimo de tudo
Uma luz ressurge
Ilumina o interior
Clareia o infinito

No fim sobra-se algo
É uma vaga imagem refletida
Desvelada do véu
É um olhar


- Escrito em 2007

Tenho pensado muito a respeito desse poema de Mario Quintana:

Os Degraus

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

Trilogia da desconstrução III

Nesses traços escassos, retorno no tempo e vejo aquele retrato amarelado sobre a mesa tirado em algum lugar do passado. Sinto o che...