sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A você

Quanto tempo...

Ando pensando muito em escrever
Em voltar
Mas como?

Não sei...

Só sei que comigo não funciona de fora para dentro
Não funciona com um dicionário
Com uma gramática ao lado
Só funciona sentindo

Todos os dias vivenciamos experiências incríveis, únicas
Como os nossos sonhos
Mas não escrevemos no papel
Fica guardado no nosso espírito
Escrito em nossa alma

Sinto que tenho um livro infinito dentro de mim
Em um infinito de emoções
Que na maioria das vezes são postas de lado
Pela correria e mecânica do dia-a-dia

Mas e o papel como fica?
Em branco, isolado?
Não, não
O papel tem que ser pintado
Por uma imensidão de cores
Dispostas de todas as formas

Assim preciso ser, como um quadro
Esperando a próxima pincelada
Se transformando a cada cor nova
Se tornando algo inexplicável

Assim eu me sinto agora
E graças a você, amigo desconhecido
Que por um comentário me fez ver que posso ser mais
Que não estou só nesse Infinito do Ser
A você o meu mais sincero Obrigada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Antes de tudo. De nada! Fiquei feliz com o agradecimento.
Foi exatamente por isso que me identifiquei com algumas coisas do seu blog; você pensa sobre a própria existência não de um modo pragmático, mas de um modo sensível. Não é fácil de encontrar pessoas disponíveis para dúvidar de si mesmo e encarar as incertezas da vida. A maioria delas preferem renunciar a própria autenticidade em troca de uma falsa segurança. Fico feliz por poder fazer você ver que pode "ser mais". O que me trouxe ao teu blog foi uma série de acasos e que por incrível que pareça, aconteceram de novo para que eu possa ver tua resposta. Aliás, acho que é disso que somos feitos, de uma série de encontros ao acaso...

Cecília Gomes disse...

Fico feliz que você tenha gostado. É bom saber que não estou sozinha no "Infinito do ser". Questionar sobre a nossa existência, sobre nossa personalidade e quem somos, é um questionamento constante em minha vida. Eu acho que antes de olharmos para fora, temos que olhar para o nosso interior, sabermos quem somos nós de verdade. E acredite acasos não existem, tudo tem um porquê de acontecer e existir. O ano de 2012 foi muito complicado para mim, não por problemas, mas por falta de tempo mesmo. Espero que 2013 seja mais introspectivo, para assim eu poder escrever mais.

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