Na profundeza das minhas revoltas eu me perco. Sob ondas de mágoa, raiva e ressentimento eu me afogo. E nesse mar turbulento eu me recordo, dos motivos que fizeram meu barco naufragar, minha âncora afundar e a correnteza me levar. Nesse lugar o tempo não existe, o passado, o presente e o futuro estão unidos em um só. Não existe realidade, nesse oceano de ilusão sem fim, só existem os sentimentos, reflexos de uma história esquecida, amargura sentida num amanhecer sombrio. E sob essa luz crepuscular, percebo que o medo se tornou o peso que teima em me puxar. E num lampejo de consciência tento me soltar, corto fora a corda, cuspo a água pra fora e quando volto a respirar, vejo uma aurora reluzente e lá no horizonte a Barca de Caronte vindo me buscar.
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