domingo, 16 de dezembro de 2012

Na janela em que te vejo


Olho pela janela
E vejo tua expressão desiludida
Olhos cansados
Rosto amargurado
E cabelos escassos

O que fizestes da tua vida?

Com certeza não é quem sonhou em ser
Há vinte anos atrás
Tua juventude ficou
E o relógio que uma vez andou
Já não te favorece mais

Mas por fim entendeste
Que o que te faz ser é o presente
E as más escolhas que fizestes
Não te rejuvenecem
Só te deixam espaço para entender
Que a vida só é escassa
Para quem deixou de viver


Foto: autor desconhecido

2 comentários:

Nesgas de Alguém disse...

Só mesmo a maturidade para conseguir lidar com o conflito do infinito do ser pulsando dentro do finito da carne...

Anônimo disse...
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