terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Olhar

Minha face esconde os segredos do mundo
Obscuros e sublimes
Eles estão guardados a sete chaves
Esquecidos e inacabados

A eternidade transparece em um olhar
Profundo e puro
É a essência e o inconsciente
Que aparecem despercebidos

Um sorriso enigmático
Transfigura-se como um adorno
Mudo e apático
Dele não saem poemas, apenas palavras

Bem no íntimo de tudo
Uma luz ressurge
Ilumina o interior
Clareia o infinito

No fim sobra-se algo
É uma vaga imagem refletida
Desvelada do véu
É um olhar


- Escrito em 2007

Tenho pensado muito a respeito desse poema de Mario Quintana:

Os Degraus

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

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