Andei a pensar nesses últimos dias, o que seria necessariamente o amor. Vemos hoje em todos os canais de notícias, livros etc. Pessoas buscando algo, como se fosse um vazio dentro de si que precisa ser preenchido, e acabam assim buscando de maneira errônea.
Por que o que é de verdade amar?
Será que é estar perto quando o outro precisa?
Ou melhor, fazer o que a outra pessoa queira ou apenas sentir ciúme?
Engana-se completamente quem pensa assim. Amor não tem absolutamente nada a ver com isso.
Esses sentimentos de posse e apego exagerado não existem dentro do universo do amor.
Há pouco tempo li um artigo sobre a visão de Platão sobre o amor e outros filósofos em seu livro O banquete, e refleti sobre isso. No livro fala que amar é colocado de uma única forma, mas que você tem que passar por vários degraus para consegui alcançar essa máxima. A beleza é usada de um outro ângulo nisso, já que o amor verdadeiro ele não vem com a beleza, ele pode começar com ela a partir de uma atração física, mas com o passar do tempo ele se abstrai, ou seja, isso se torna banal em comparação com outras qualidades que acabam sendo percebidas com o despertar da consciência. Então quando Platão se refere ao amor ele fala do amor genuíno sem egoísmo.
Você não ama alguém para completar, e sim para adicionar.
Nesse mundo o amor é quase imperceptível.
O amor está no coração puro, o amor está em quem sabe o que é verdadeiramente amar.
Ilusão é o que a maioria das pessoas tem, o ser humano tem a necessidade de estar com alguém para assim a solidão que existe dentro do seu ser se completar.
Desde os tempos mais remotos o amor configura-se como algo intransponível que poucos o conseguem alcançar.
Será que realmente é tão difícil?
Que barreiras são essas que não nos deixam alcançá-lo?
São os obstáculos do nosso próprio pensamento e do nosso sentimento ainda pouco desenvolvido.
Plantemos amor afim de que com um bom tempo possamos usufruí-lo dando evasão a aquilo que preenche nossa alma desde o momento em que abrimos os olhos.
Não percamos a esperança e nem a fé.
Pensemos e acreditemos que o Amor é construído minuciosamente em cada pessoa, cada um tem seu momento de libertação.
Um dia todos nós chegaremos a isso, o tempo que demorará dependerá de cada um e assim colheremos o júbilo de existir.
O começo está em enxergar a si próprio como alguém que precisa evoluir a cada segundo, olhar o mundo e as pessoas com os olhos do coração.
Caminhemos para um mundo de paz, igualdade, justiça e fraternidade.
E no final dessa estrada remota perceberemos que o amor o qual Platão se referia, sempre esteve conosco, o que faltava era chegar ao último degrau, o do amor irradiar nossas vidas e o mundo por completo que seria a razão da existência, o verdadeiro sentido de amar.